Atuação do Fisioterapeuta na unidade de Terapia Intensiva
Fazemos parte de uma das profissões mais jovens da área de saúde, levando-se em consideração que completamos o 48º aniversário da regulamentação da fisioterapia, por meio do decreto LEI Nº 938 de 13 de outubro de 1969. Desde então a profissão vem crescendo e ganhando seu espaço nos mais diversos campos de atuação da área, sendo uma delas, talvez uma das mais conhecidas atualmente, a Fisioterapia Intensiva (FI), que é a atuação do profissional fisioterapeuta no ambiente de uma unidade de terapia intensiva (UTI).
O fisioterapeuta intensivista tem a importante “missão” de prevenir e tratar lesões cinéticofuncionais motoras e ventilatórias, que possam vir a gerar perdas funcionais em indivíduos internos em uma UTI. Estes déficits normalmente são causados por traumas, doenças específicas ou sistêmicas e, possíveis agravos provocados por essas injúrias e que podem trazer prejuízos à funcionalidade deste paciente de maneira direta ou indireta.
Por tanto, o processo de reabilitação inicia ainda neste ambiente de cuidados avançados e segue até o pós alta, almejando reinserir este indivíduo em seu meio social com a menor perda funcional possível, para que consiga retornar à sua rotina com qualidade de vida e readaptado à execução de suas atividades de via diária (AVD’s) e laborativas.
Para execução de sua função com maestria, o fisioterapeuta intensivista possui em seu arsenal, técnicas que vão desde a mobilização precoce, com suas várias modalidades de cinesioterapia, estimulação neuromuscular por meio de correntes elétricas, utilização de dispositivos automatizados que promovem a mobilização do doente, até técnicas de fisioterapia cardiorrespiratória, que ajudam a manter o bom funcionamento dos sistemas cardiovascular e respiratório, utilizando-se de artifícios que vão desde manobras reexpansivas e desobstrutivas manuais, com uso de instrumentos ou aparelhos de ventilação mecânica, manipulação e monitorização de oxigenoterapia e inaloterapia, até a utilização de suportes ventilatórios mecânicos não invasivos e invasivos, com sua infinidade de interfaces, para melhor adaptação do paciente e readequação da função ventilatória.
Por tais motivos, torna-se imprescindível a presença do profissional fisioterapeuta no ambiente de terapia intensiva, pois, está mais do que provada a eficácia e necessidade de suas ações, que promovem redução de tempo de uso ventilação mecânica, de internação em UTI e hospitalar e, não deixando de destacar, o importante impacto na redução de custos hospitalares.
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GUSTAVO SOARES VIEIRA
- Fisioterapeuta Graduado Pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL
- Especialista em Fisioterapia Hospitalar com Ênfase em Terapia Intensiva Pela Residência Multiprofissional em UTI – EESP/SESAB – BA
- Especialista em Educação em Saúde – IEP/Hospital Sírio Libanês
- Fisioterapeuta da UTI Geral da Santa Casa de Misericórdia de Maceió – AL
- Preceptor de Estágio Hospitalar da Faculdade da Cidade de Maceió – FACIMA
- Supervisor de Serviços em Saúde – SMS / Maceió