A desospitalização precoce, um mito ou uma possibilidade?
O cenário nacional de saúde hospitalar está em processo de mudança , visto que a assistência da multidisciplinariedade tem trazido a este modelo de negócio uma percepção de necessidades primárias ao paciente que supridas de acordo com os maiores achados científicos , comprovam sua eficácia e efetividade, essas informações trazem aos gestores a visibilidade ampla através de seus indicadores de performance, resultado e de qualidade na tomada de decisão, definindo melhores opções de assistência ao paciente .
Um fator importante à estreita relação paciente x equipe assistencial denotada através do investimento em qualificação dos serviços prestados com objetivo de reduzir o tempo de internamento, assim como, pelos resultados colhidos após a implementação de protocolos de cuidados com ênfase em resultados e metas alcançadas apontam no cenário hospitalar uma redução no tempo de internamento .
A proposta de reabilitar , engloba uma mudança cultural desde o ponto de vista profissional ( aqui denota-se a capacidade do profissional em traçar planos de cuidados com monitorização de resultados ) e até mesmo percebe-se a necessidade do paciente/ família /cuidador tomar ciência do quanto sua participação neste processo de reabilitação se faz importante , talvez até um divisor de tempo na ocorrência do devido investimento e feedback bilateral, paciente e profissional.
A Fisioterapia é uma ferramenta de suma importância neste contexto , pois, a descrição das condutas desde os primórdios desta tão jovem profissão ( com início e marco no pós-guerra na reabilitação ) aponta que sua intervenção desde o início traz benefícios em ampla extensão, perpassando questões como : otimização de atividades de vida diária ( vestir-se, caminhar , ficar de pé... ) para sua completa inserção psicossocial em seio familiar e de convívio, observando como maior desafio neste contexto a atual inversão da pirâmide populacional do envelhecimento , otimizando assim sua saída o quanto antes do internamento hospitalar, compartilhando de um diagnóstico inicial assertivo com a equipe multidisciplinar assistencial.
Contudo, as avaliações do OBERVATÓRIO 2018, compilado de informações do cenário nacional da ANAHP, associação nacional do hospitais privados comprova que a gestão de qualidade e segurança do paciente coloca essa equipe assistencial na linha de continuidade avaliativa , melhor , mais pontual e resolutiva com a atual avaliação dos desfechos dos indicadores de resultados e assistenciais implementados e descritos na intervenção dos pacientes , otimizando seu tempo de internamento, reduzindo assim os custos gerados no atendimento.
Anny Karine S. S. Guimarães
Crefito 1014073